sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Ao sabor da bolina







Sinto-me a centrifugar,
No tambor de uma maquina de lavar.
Os sentimentos brotam em turbilhão,
Mas perdura a insatisfação.

Com tanta volta e reviravolta,
O cérebro começa a se confundir.
Mais uma volta e outra volta,
E não consigo já resistir.

Sinto-me cansada,
apetece desistir,
cruzar os braços,
parar de lutar e deixar-me ir.
Ao sabor da bolina partir.
Mergulhar nas águas revoltas,
E renovada emergir.


(Euzinha)
Rosário Porfírio
05/02/2015

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Na casinha velhinha

 
 
 

Numa luta me embrenhei,
Tentando os sonhos realizar.
Pouco a pouco já conquistei,
Aquilo a que me propus alcançar.


Uma casinha velhinha aluguei,
E por ela muito tenho lutado.
Nela encontrei aquilo que desejava,
O sossego tão almejado.


Paz, tranquilidade e sossego,
É o que mais tenho ambicionado.
Na casinha velhinha,
Tudo isso tenho encontrado.


Pouco tempo tenho para saborear,
Esta vitória alcançada.
Na labuta tenho que me embrenhar,
Para não ser derrotada.


Vivo a vida á minha maneira,
Trabalhando e lutando arduamente.
Sinto-me cansada,
Mas abençoada.


(Euzinha)
04/02 /2015