terça-feira, 29 de junho de 2010

SOU!




Sou lágrima furtiva
Que insiste o meu rosto percorrer.
Sou noite de chuva
Sou trovoada,
Que impede de adormecer.

Manha de Ventania
Sou maresia
Sou vendaval
Sou alma fugidia.

Sou um dia chuvoso
Sou tristeza que ensombra o rosto
Sou a palavra arrependida,
Como seta lançada.
Sou alma amargurada

Sou uma nota desafinada
Na melodia mal ensaiada
Uma pinga de tinta caída
Na tela já acabada

(Euzinha)


quinta-feira, 24 de junho de 2010

QUES E PORQUES!



Não me entendo,
Não entendo nada,
Não sei se sou eu que exijo demais,
Ou se são as pessoas que nada querem dar
Ou que nada têm para dar.
Sinto que por vezes magou,
Que afasto quem de mim se aproxima.
Preciso de alguém que me ajude a decifrar este enigma,
Preciso de alguém que me entenda,
Alguém que me ajude a entender se sou eu que estou errada,
E até onde estou errada.
Só assim serei feliz,
Ou nunca o serei.
Andarei para sempre perdida,
Nesta confusão que em mim perdura.
Só sei que nada sei!
Sei que a vida se tornou um fardo,
Por vezes difícil de transportar,
Carrego o seu peso incessantemente nos meus ombros.
Preciso parar para respirar,
Descansar,
Recuperar o fôlego,
Ganhar coragem e zarpar.






(euzinha)

sábado, 19 de junho de 2010

Fénix






Ao inferno desci,


Num abismo me senti,

Ao limite resisti,

Mas não sucumbi,

e de lá renasci.



A um terramoto sobrevivi,

Dos escombros saí.

Juntei os poucos cacos,

Que restavam,

Uni-os e Colei-os,

Fiz-me forte!

E feito Fénix,

Das cinzas renasci.



(euzinha)







segunda-feira, 7 de junho de 2010

DESVENTURAS!








De novo dou por mim no fundo do poço

Preciso encontrar coragem

Energia para subir

Desfaleço,Sinto-me impotente

Não consigo subir

Tem alturas que a dor e o sofrimento,

As desventuras da vida

Me empurram cada vez mais para o fundo.

Tento emergir

Não consigo

Peço ajuda

Me ajuda meu Deus…

Me ajuda a sair do fundo deste poço

Dá-me só uma pequena ajudinha

Ajuda-me só no impulso inicial.

Parece um pesadelo

Sempre que tento subir,

Sempre que tento sair,

Deste estado em que me encontro

Desta infelicidade que insiste em prevalecer.

Dou por mim novamente

Bem lá no fundo

Me ajuda senhor

Por favor me ajuda

Faltam-me as forças

Falta-me a coragem

Me ajuda senhor. Me ajuda.



(euzinha)




quinta-feira, 3 de junho de 2010

Cortei as amarras






  Estou de mal com a vida,


Zanguei-me com o destino.

Cortei as amarras que me prendiam ao passado.

Já não há nada que me prenda aqui.

Nada tenho a perder.

O presente é duro.

O passado não posso de volta trazer.


(euzinha)

terça-feira, 1 de junho de 2010

ADEUS !


A nostalgia e a tristeza me perseguem.
Me dói dentro do peito.
Sinto saudades tuas.
Mas sinto que para sempre te perdi.

Agora recolho dentro do meu ser,
Os recortes de um grande amor.
A lembrança
Do teu sorriso, teus beijos, teus braços
Teu calor…
Me perseguem insistentemente.

Tento seguir em frente,
Tento esquecer os bons momentos.
Me obrigando a recordar os maus momentos.
Só assim encontro forças,
Para me obrigar a te esquecer.

Olho o infinito,
E nada vejo...
Embora perto,
Estás mais longe,
Do que alguma vez estiveste.

Deixo que uma lágrima,
Escorra suavemente pelo meu rosto.
 Sei que um dia,
Esta mágoa adormecerá,
irei recordar-te,
Com mágoa por tanto sofrimento e dor,
Que me proporcionaste.
Mas também com um sorriso triste,
E carregado de revolta,
Pelo que poderíamos ter feito e não fizemos,
Pelo amor que senti por ti,
E pelos momentos bons outrora passados.
um sorriso triste por vezes  povoa o meu rosto
sorriso esse que tu tanto dizias gostar.
pena que não soubeste faze-lo permanecer
Uma coisa sei...
Jamais te esquecerei!
Te vou recordar,
Para sempre!

(euzinha)

Viajando Pelos caminhos do oculto !







  por caminhos ocultos eu sigo.

Tento encontrar uma saída,

Mas os caminhos, encruzilhadas,

Atalhos e becos,

São tantos que não consigo encontrar a saída.

Sigo caminhando por entre pesadelos,

Mágoas Tristezas e dor.

Lágrimas que insistem em percorrer,

Meu rosto por vezes ensombrado de dor.

Estou cansada!

Apetece-me desistir!

Apenas baixar os braços e deixar-me partir.

Mas partir para onde?

Desistir porquê?

Quem desiste são os fracos.

Tenho que arregaçar as mangas e lutar.

Mas lutar para quê?

Lutar pelo quê?

O que fazer quando nada na vida, 

Parece bater certo?

Sinto-me no fundo do poço.

Quando penso que estou tentando emergir,

Algo me faz descer cada vez mais fundo.

Recordo a velha história do burro,

Lições de vida lhe chamam.

Mas nem isso me traz conforto,

E o certo é que me apetece desistir.

Fechar os olhos e partir.

Grito “ já basta senhor”

Mas o senhor insiste em não me ouvir.

E de castigo em castigo sigo vivendo,

Vegetando,

Vivendo por viver.

Tentando ser feliz.

Buscando a felicidade tão almejada,

Mas essa felicidade tarda em chegar.

Até quando Senhor? Até quando?

Caminho por caminhos ocultos,

Sem vontade de seguir .

Estou cansada!

Apetece-me desistir!

Simplesmente baixar os braços,

Fechar os olhos ,

E deixar-me ir…

Ir…

Ir para onde?

Não sei!

Apenas ir.


(euzinha)